Empate acaba com as contas do segundo lugar

    SL Benfica 0-0 Famalicão – análise

    1. Depois de dois jogos em Liverpool e Alvalade onde a equipa esteve bem , era esperada uma outra atitude.

    2. Primeira parte onde o futebol foi sempre muito lento, com muita posse de bola, mas sem capacidade de jogar por dentro, e a demorar muito tempo a virar o jogo para fazer balançar o Famalicão.

    3. Voltámos a ter dificuldades em jogar frente a uma equipa com bloco mais baixo. É claramente uma equipa talhada para jogar em transição e sem jogadores fortes a jogar entrelinhas.

    4. Na segunda parte a equipa melhorou, sobretudo sobre o corredor direito, com Gil Dias a subir de rendimento e André Almeida a dar algumas soluções. A entrada de Taarabt também trouxe mais imaginação, e apesar de bons lances para finalizar, a ineficácia ou boas defesas do guarda-redes mantiveram a baliza a zeros.

    5. É incontornável não falar naquilo que foi mais uma vez a decisão do árbitro e do VAR em jogos do Benfica. Há um lance claro de braço dentro da área que nem merece revisão do VAR. O Benfica tem culpas próprias, mas noutros campos são sempre marcados estes lances.

    6. Destaques pela positiva e negativa:

    ✅ Weigl: foi dos jogadores com maior discernimento ao longo do jogo. Muito liberto defensivamente teve mais liberdade para jogar. Também inteligente na forma como “matou” alguns possíveis contra-ataques;

    ✅ Gil Dias: não fez uma primeira parte brilhante, mas foi subindo de rendimento ao longo do jogo, sobretudo à direita. Relembrar que tem menos ritmo que os colegas de posição;

    ✅ Taarabt: agitou as águas que estavam muito “mornas”, mais uma vez a entrar bem vindo do banco, o que nem sempre acontece quando entra no onze;

    ❌ Gonçalo Ramos: não foi o jogo dele. Uma tarde pouco inspirada, e sem capacidade para jogar entre linhas;

    7. Com o segundo lugar já entregue pede-se uma oportunidade para jogadores que fizeram uma grande época na equipa b. Não faz sentido continuar a atuar com jogadores que sabemos que vão sair, e não começar a lançar bases para o futuro;

    8. Há muito a melhorar e uma equipa que quer ser campeã não pode perder 15 pontos em casa e ainda falta receber o Porto.

    e pluribus unum