Roger Schmidt passa a bola a Rui Costa sobre o futuro

    Roger Schmidt fez a antevisão ao jogo com o SC Braga, a contar para a 31ª jornada do campeonato. O principal tema acabou por ser novamente a questão da insatisfação dos adeptos, assim como o futuro do técnico.

    Schmidt acabou por justificar um pouco daquilo que aconteceu esta temporada, com o facto da equipa ser jovem: “Sobre o meu futuro, não tenho nada de novo a acrescentar. Claro que falo regularmente com o presidente. Tudo está nítido e claro, mas eu não sou a peça mais importante, o mais importante é sempre o Benfica. Isto é extremamente exigente mas, no geral, nos últimos anos, acho que conseguimos atingir vários objetivos. Sei que esta época só conseguimos a Supertaça e temos que aceitar isso. Do meu ponto de vista, e já tentei explicar isto várias vezes, precisámos de construir uma equipa jovem e com imenso potencial. Sei que neste momento não estamos a um nível elevadíssimo, mas pode ser que consigamos ainda conquistar o campeonato, apesar do Sporting estar a fazer uma belíssima época. Se continuarem assim, é evidente que vão conseguir ainda mais pontos e vai tornar-se cada vez mais difícil para nós. Continuo focado no desenvolvimento do clube, do estilo de jogo, nos jogadores mais jovens. Atingimos um equilíbrio. Não estamos satisfeitos de todo. Sei que só conseguimos a Supertaça mas continuamos ambiciosos. Temos uma atitude vencedora e claro que queremos muito melhorar e terminar a época da melhor maneira possível para estarmos devidamente preparados para a próxima.”

    Sobre os acontecimentos com os adeptos em Faro e contestação ao seu trabalho o técnico acabou por tecer críticas à forma como foram feitas as coisas: “Já falei várias vezes sobre os adeptos, sobre o assunto na segunda-feira também. Claro que percebo o dissabor dos adeptos e isso é normal, mas existem limites. Quando começamos a atirar objetos, a cuspir em cima de jogadores, aí temos de repensar este tipo de atitudes. Somos o Benfica, mas temos de esperar o mínimo de respeito. Têm de haver valores básicos, e cada vez mais, a nível global, temos menos. O respeito, a verdade, a honestidade têm de estar presentes. Temos de esperar dos outros estes valores. É verdade que não conseguimos ganhar os títulos todos este ano mas estamos a dar o nosso melhor. Aceitamos as críticas, mas nunca a este nível”.

    Sobre se continuará após o término da temporada, Schmidt acabou por “passar a bola” a Rui Costa: ” Estou a dar o meu melhor ao clube, à equipa, e espero que os adeptos sintam isso. Isto é o mais importante para mim. Se no final da época não for o melhor treinador para o Benfica – e sim, tenho uma boa relação com o presidente -, se chegarmos a esse ponto, em que o presidente acredite que eu já não faço parte do Benfica, aceitarei a decisão”.